terça-feira, 28 de abril de 2009

Batalha das Toninhas

Um dia desses estava deitado na minha cama, conversando com minha mãe enquanto ela via alguns E-mails. Um desses E-mails tinha um vídeo... Eu juro que eu nunca tinha visto nada tão engraçado assim em toda minha existência humana.
Para ter uma idéia, eu não conseguia parar de assistir e muito menos parar de rir. Eu fiquei com minha barriga doendo umas 2 semanas quase, de tanto rir... õo

Com vocês, O vídeo:



Sério... Isso que realmente é uma aula de história.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Bomba Suja. (Ferreira Gullar)

Primeiramente devo dizer que não tenho tido tempo ultimamente para postar aqui. Provas, deveres de casa, dormir, comer... Tudo isso toma tempo né! :)
Bem... Prometo (aos que lêem este Blog) que irei dar mais atenção a postagem futuras. Mas como eu ainda não tive tempo para pensar em alguma coisa criativa para postar aqui, resolvi por um poema de um trabalho de redação (ou literatura, tanto faz) que fiz hoje, que achei bem legalzinho.

Então, aí vai:



"Introduzo na poesia
A palavra diarréia.
Não pela palavra fria
Mas pelo que ela semeia.

Quem fala em flor não diz tudo.
Quem me fala em dor diz demais.
O poeta se torna mudo
sem as palavras reais.

No dicionário a palavra
é mera idéia abstrata.
Mais que palavra, diarréia
é arma que fere e mata.

Que mata mais do que faca,
mais que bala de fuzil,
homem, mulher e criança
no interior do Brasil.

Por exemplo, a diarréia,
no Rio Grande do Norte,
de cem crianças que nascem,
setenta e seis leva á morte.
É como uma bomba D
que explode dentro do homem
quando se dispara, lenta,
a espoleta da fome.

É uma bomba-relógio
(o relógio é o coração)
que enquanto o homem trabalha
vai preparando a explosão.

Bomba colocada nele
muito antes dele nascer;
que quando a vida desperta
nele, começa a bater.

Bomba colocada nele
Pelos séculos de fome
e que explode em diarréia
no corpo de quem não come.

Não é uma bomba limpa:
é uma bomba suja e mansa
que elimina sem barulho
vários milhões de crianças.

Sobretudo no nordeste
mas não apenas ali
que a fome do Piauí
se espalha de leste a oeste.

Cabe agora perguntar
quem é que faz essa fome,
quem foi que ligou a bomba
ao coração desse homem.

Quem é que rouba a esse homem
o cereal que ele planta,
quem come o arroz que ele colhe
se ele o colhe e não janta.

Quem faz café virar dólar
e faz arroz virar fome
é o mesmo que põe a bomba
suja no corpo do homem.

Mas precisamos agora
desarmar com nossas mãos
a espoleta da fome
que mata nossos irmãos.

Mas precisamos agora
deter o sabotador
que instala a bomba da fome
dentro do trabalhador.

E sobretudo é preciso
trabalhar com segurança
pra dentro de cada homem
trocar a arma de fome
pela arma da esperança. "